Gestante Pode Ser Mandada Embora Por Abandono de Emprego Entenda!

Sim, uma gestante pode ser demitida por abandono de emprego, mas é crucial seguir critérios legais rigorosos para garantir a validade do processo.


Na legislação trabalhista brasileira, a situação de uma gestante é protegida por diversas normas que visam garantir seus direitos durante a gravidez e após o nascimento do filho. Portanto, a resposta à pergunta se uma gestante pode ser mandada embora por abandono de emprego é complexa e depende de vários fatores. Em geral, a demissão de uma funcionária gestante durante a licença maternidade é ilegal, e um alegado abandono de emprego deve ser bem fundamentado para que a empresa não enfrente problemas jurídicos.

Entendendo o Abandono de Emprego

O abandono de emprego ocorre quando o funcionário deixa de comparecer ao trabalho sem justificativa e sem comunicar a empresa. Para que a demissão por abandono seja válida, é necessário que o empregador demonstre que houve essa ausência por um período considerável, geralmente de mais de 30 dias, e que fez tentativas de contato com o funcionário. No caso de uma gestante, essa situação é ainda mais delicada, pois a legislação protege a mãe e o bebê.

Direitos da Gestante

A Constituição Federal e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) garantem direitos específicos às gestantes. Entre eles, estão:

  • Estabilidade no emprego: A gestante possui estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso significa que não pode ser demitida sem justa causa nesse período.
  • Licença-maternidade: As gestantes têm direito a até 120 dias de licença-maternidade, podendo ser prorrogada em alguns casos.
  • Medicamentos e exames: As empresas devem fornecer acesso a medicamentos e exames necessários durante a gestação.

O que Fazer em Caso de Demissão Indevida

Se uma gestante for demitida sob a alegação de abandono de emprego, é fundamental que ela tome algumas medidas:

  1. Documentar tudo: Guardar comprovantes de comunicação com a empresa, laudos médicos e qualquer documentação que comprove a gravidez.
  2. Buscar ajuda jurídica: Consultar um advogado especializado em direito do trabalho pode ajudar a entender melhor os direitos e a possibilidade de reverter a demissão.
  3. Registrar a reclamação: Se necessário, registrar uma reclamação no Ministério do Trabalho ou entrar com uma ação na Justiça do Trabalho.

Este artigo busca esclarecer os direitos e obrigações tanto das gestantes quanto dos empregadores em situações de possíveis demissões por abandono, além de fornecer orientações úteis para quem se encontra nessa situação delicada.

Direitos Trabalhistas da Gestante em Caso de Abandono de Emprego

Quando se fala em direitos trabalhistas das gestantes, é importante entender como a legislação brasileira protege essas mulheres, especialmente em situações delicadas como o abandono de emprego. O artigo 10, inciso II, alínea “b” do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) da Constituição Federal garante a estabilidade da gestante no emprego, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso significa que, em teoria, uma gestante não pode ser demitida sem justa causa enquanto estiver grávida.

O Que Constitui Abandono de Emprego?

O abandono de emprego é caracterizado pela ausência injustificada do trabalhador por um período prolongado, geralmente considerado superior a 30 dias. No entanto, no caso de gestantes, essa questão se torna mais complexa. Se uma mulher grávida se ausenta do trabalho, ela deve:

  • Notificar a empresa sobre a ausência;
  • Apresentar atestados médicos que justifiquem a falta;
  • Manter comunicação constante com o empregador.

A falta de comunicação ou justificativa pode levar a empresa a considerar a situação como abandono de emprego, mas a legislação garante um direito de defesa à gestante.

Exemplos e Casos Práticos

Por exemplo, imagine uma colaboradora que descobre que está grávida e, devido a complicações médicas, precisa se afastar do trabalho. Se ela apresentar um atestado médico e seguir as diretrizes de comunicação com sua empresa, sua ausência não pode ser considerada como abandono de emprego. Por outro lado, se não houver nenhuma justificativa ou comunicação por parte dela, a empresa pode sim considerar a situação como abandono.

Consequências do Abandono para a Gestante

Se uma gestante é considerada como tendo abandonado o emprego, isso pode resultar em:

  1. Perda do direito ao salário durante o período de ausência;
  2. Perda de benefícios trabalhistas, como férias e 13º salário;
  3. Dificuldades para conseguir novo emprego, devido à rescisão contratual registrada.

É fundamental que as gestantes estejam cientes de seus direitos e busquem sempre informar-se sobre suas obrigações e a legislação que as ampara.

Dicas Práticas para Gestantes

  • Mantenha comunicação: Sempre informe seu empregador sobre sua situação e quaisquer ausências.
  • Documente tudo: Guarde todos os atestados e comunicações feitas com a empresa.
  • Procure orientação jurídica: Se você se sentir insegura sobre seus direitos, consulte um advogado especializado em direito trabalhista.

Conhecer e entender seus direitos é essencial para que as gestantes possam se proteger em situações de vulnerabilidade no ambiente de trabalho.

Perguntas Frequentes

1. O que caracteriza o abandono de emprego?

Abandono de emprego ocorre quando um funcionário deixa de comparecer ao trabalho sem justificativa por um período prolongado, geralmente mais de 30 dias.

2. Gestantes podem ser demitidas por abandono?

Não, gestantes têm proteção especial e não podem ser demitidas sem justificativa legal, mesmo em caso de abandono de emprego.

3. Quais são os direitos da gestante durante a licença-maternidade?

A gestante tem direito a 120 dias de licença-maternidade, sendo que o emprego deve ser garantido durante esse período.

4. O que fazer se a gestante for demitida injustamente?

A gestante pode buscar ajuda de um advogado especializado em direito trabalhista e considerar a possibilidade de entrar com uma ação judicial.

5. O que diz a legislação sobre a proteção à gestante?

A Constituição Brasileira e a CLT asseguram a estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

6. Qual a importância do atestado médico para a gestante?

O atestado médico é essencial para justificar faltas e proteger os direitos da gestante, especialmente em situações de saúde.

Pontos-chave sobre o tema

  • Abandono de emprego é ausência injustificada por mais de 30 dias.
  • Gestantes têm proteção especial contra demissões.
  • Direito à licença-maternidade de 120 dias.
  • Estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
  • A demissão injusta pode ser contestada judicialmente.
  • Atestado médico é fundamental para justificar faltas.
  • É importante que as gestantes conheçam seus direitos trabalhistas.

Deixe seus comentários abaixo e não esqueça de conferir outros artigos do nosso site que podem ser do seu interesse!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima