Região do Tejo
Vinhos abraçados pelas águas do Tejo
A história da Região do Tejo se confunde com a das suas Terras. Sob o comando do rio Tejo, influenciando economia, paisagem e clima, trata-se de uma das mais antigas regiões produtoras de vinhos de Portugal, cujo patrimônio remonta à presença Romana na antiga Lusitana. Venha conosco descobrir os vinhos da Região do Tejo, que têm adquirido destaque nas últimas décadas pela sua qualidade, tradição e inovação.
É nas paisagens salpicadas por vilarejos medievais, mosteiros Manuelinos, castelos góticos, olivais, sobreiros e os famosos elegantes cavalos lusitanos, indissociável às touradas, que os vinhos do Tejo despontam. O rio Tejo é também responsável por moldar os terroirs da região, tornando as planícies ao seu redor e margens um terreno ideal para cultivar uvas nativas.
Vinhos com tradição e história
Nesta região vitivinícola, situada no Centro de Portugal, a arte de produzir vinho remonta a 2000 a.C., quando os Tartessos plantavam vinha junto às margens do rio que lhe dá o nome. Com a constituição do reino de Portugal e a conquista do território aos Mouros, em 1170, D. Afonso Henriques (fundador e primeiro Rei de Portugal) fez referência aos vinhos da região no Foral de Santarém. As estórias são muitas até os dias atuais, onde a tradição une-se às mais modernas tecnologias no setor.
Muitas das quintas produtoras pertencem às famílias nobiliárquicas, como é o caso da Quinta do Casal Branco, sobre a qual falaremos num próximo post. Cada uma com a sua história, em comum têm o objetivo de produzir vinhos de qualidade, que expressem as caraterísticas da região. Como resultado, os vinhos incorporam tradições (o pisa pé, método de esmagar as uvas com os pés), o entusiasmo e empenho das suas gentes, a natureza que predomina nas terras ribatejanas e as mais modernas tecnologias.
Castas típicas da Região do Tejo
As castas tintas nativas do Tejo incluem a Touriga Nacional, a casta portuguesa por excelência, bem como as Trincadeira, Castelão e Aragonês. O aromático Fernão Pires e o Arinto produzem alguns dos vinhos brancos mais refrescantes da região. Estas castas autóctones prosperaram em climas quentes e solos complexos da Região do Tejo, mantendo a elevada acidez natural, para produzir vinhos equilibrados com características de frutas ricas.
Na Região do Tejo, a legislação permite a utilização de diversas castas, tanto nacionais como internacionais. As brancas mais comuns são Chardonnay e Sauvignon Blanc. Entre as tintas destacam-se as Cabernet Sauvignon e Merlot.
Terroir
O terroir da região está profundamente ligado à influência que o rio Tejo inflige às margens, que muitas vezes inunda as vinhas em época de cheias. A sua força e amplitude influenciam o solo e o clima, gerando três áreas produtoras distintas:
Bairro: localizado a norte do rio Tejo, as suas terras altas são compostas por colinas e planícies, ricas em solos de calcário e argila e depósitos de xisto.
Charneca: na margem sul do Tejo, apresenta solos arenosos e temperaturas elevadas, o que leva a um amadurecimento mais rápido das uvas na região.
Campo: localizado nas margens do Tejo, a influência do rio faz-se sentir nas temperaturas mais amenas, resultando vinhos mais frutados, acidez e frescor.
A Região dos Vinhos do Tejo é composta por um total de 17 mil hectares de terreno vinícola, que produzem anualmente cerca de 650 mil hectolitros, o que representa cerca de 10% do total de vinho produzido em Portugal. Destes cerca de 110 mil hectolitros são certificados, dos quais 90% são vinhos com Indicação Geográfica Protegida (IGP) e 10% são vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC), como é o caso do Quinta Casal Branco DOC Tejo.
E aí, vai experimentar nossos vinhos da Região do Tejo? Venha, então pois, conosco nesta aventura de saberes, aromas e paladares. Descubra aqui mais sobre os nossos vinhos e ofereça a si própria/o uma viagem até Portugal através de seus vinhos.
Comentários