O Brasil é a 7ª economia do mundo, mas ocupamos a 17ª posição no ranking global do vinho com 338 milhões de litros consumidos em 2018, segundo a Winext. Para muitos o vinho ainda é visto como um produto elitizado.

Segundo o estudo realizado nos Estados Unidos pela Wine Intelligence, a categoria de bebedores regulares de vinho entre 21 e 35 anos perdeu 3 milhões de consumidores no período 2015-2018. No Brasil, o desafio é similar: enquanto 20% da população é jovem, apenas 16% dos bebedores de vinho pertencem a esta faixa etária.

Mesmo não sabendo ainda muito bem como atrair esse público mais jovem, e tendo consciência que esta geração não tem tanto dinheiro ou prosperidade financeira como os que vieram antes dela, a indústria do vinho está de olho nos millennials.

Essa geração procura no vinho a mesma elegância e seriedade das gerações mais velhas, mas dão muito mais valor a experiência. Eles estão cada vez menos interessados em informações técnicas, como regiões, castas e produção; e dão mais importância para fatores como o design dos rótulos e as ações de engajamento das marcas.

O segredo aqui então é saber contar e compartilhar uma boa história sobre o produto, e traduzir o prazer do vinho de forma mais eficaz e divertida. Essa pode ser uma maneira gratificante e confiável de alcançar os corações e as carteiras dos compradores.

Algumas das invenções mais favoráveis ​​aos milênios, sedentos por algo novo, foram o delivery e o vinho vendido em lata.

A pesquisa da Wine Intelligence revelou ainda 2 tendências sobre a geração pós-1985: a “Individual” que denota uma preocupação com a personalização, ou seja, os millennials gostam de produtos que digam algo sobre si mesmos. E a tendência “Ativar” que aposta no envolvimento das pessoas em formas incomuns, tirando o produto do seu contexto natural.

Além disso, a pesquisa mostrou que os millennials são um público muito diversificado. Uns veem o vinho como uma bebida “adulta” e procuram ativamente informações sobre ele, explorando além do convencional. Outros são abertos à influência, mas são mais avessos ao risco. De vez em quando tentarão novas variedades, mas, de outro modo, manterão o seu menu de bebidas principais como uma escolha segura. E por último há aqueles que são consumidores passivos, não compreendendo – e muitas vezes não se importando em entender – o que bebem.

Conhecer os gostos dessa geração e as preferências de vinho é apenas uma peça do quebra-cabeça. Os profissionais de marketing de vinho também estão estudando pontos de contato eficazes e maneiras significativas de transmitir suas mensagens aos diversos grupos demográficos.

Num contexto geral, para despertar o interesse dos millennials em um ambiente tão competitivo como é o do vinho, já que ele passa pela concorrência de outros produtos como a cerveja, o gim e outras bebidas, é preciso apostar em uma comunicação que o torne mais acessível, explicando ao consumidor que ele não precisa ser um expert para degustá-lo e, além disso, ser capaz de vender o seu produto com autenticidade, de uma forma melhor do que a concorrência, pensando em um propósito claro e bem estruturado, então o resto será consequência. 

Resumindo, aqui vão algumas dicas para você vender vinho aos millennials:

• Dê a eles o que eles querem - singularidade e experiência
• Ofereça sessões de harmonização vinho-e-comida, por exemplo
• Apesar de todas as tendências, a alta qualidade é fator ainda importante para aumentar as vendas
• Os millennials adoram experiência pessoal. Compartilhe sua história, coloque um rosto humano em sua marca de vinhos, não compartilhe apenas notícias positivas, deixe-os saber que a viticultura não é uma tarefa fácil
• Abuse do marketing digital para ajudá-lo com isso
• Use a mídia social para compartilhar fotos, notícias e vídeos sobre você, seus funcionários e sua empresa
• DICA PRO: O marketing de vídeo é, no momento, a principal fonte de tráfego e receita em diferentes setores

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