Como provar um vinho - parte 4
Fase gustativa e final - Percebendo o sabor e fim de boca
Chegamos finalmente a última etapa da série “Como provar um vinho”. Nessa fase, a experimentação será a da degustação do vinho em boca, onde devemos perceber a primeira impressão que ele causa ao bebermos até a percepção e apreciação dos sabores e outros fatores sentidos no paladar.
Antes de começar vão algumas dicas:
- O vinho deve estar na temperatura ideal, geralmente recomendada no rótulo.
- Se tiver provando mais de um vinho para compará-los, no intervalo entre uma degustação e outra é legal comer um pedaço de pão e tomar um pouco de água mineral para limpar o paladar.
- Depois de provar, espere o tempo suficiente antes de tirar conclusões.
- Você pode provar mais de uma vez o mesmo vinho para ver a evolução, já que alguns vinhos levam um tempo para mostrar tudo o que valem. E muitas vezes é nesse momento que as percepções anteriores são confirmadas.
Vamos a prova?
Coloque na boca uma quantidade razoável de vinho, sem exagerar. Mantenha o vinho na boca uns 15 segundos, para que as diferentes regiões da bochecha e da língua possam curtir a bebida de forma uniforme e identificar as sensações como doce, salgado, ácido e amargo. Defina o sabor do vinho. O conjunto das sensações detectadas na boca chama-se paladar.
Aqui abrimos um parêntese para explicar como a língua percebe com mais intensidade uma sensação diferente. Isso pode te ajudar na percepção do vinho que está a degustar:
- Ponta: Doce
- Laterais e bochecha: Ácido
- Superfície: Tanino ou adstringência – é onde sentimos aquela sensação de amarrar a boca, como quando comemos banana verde
- Fundo: Amargo
Continuando a prova: inspire pela boca, fazendo o ar atravessar o vinho em boca e expire pelo nariz. Os aromas detectados nesse momento constituem o tão conhecido aroma de boca.
Outras sensações importantes podem ser detectadas nessa etapa de degustação, como o equilíbrio. O conjunto dos quatro sabores elementares deve ser globalmente agradável para que um vinho seja equilibrado.
Nos vinhos brancos, esta harmonia é resultado do equilíbrio do doce com o ácido.
Nos tintos entram o amargo e a adstringência, conferidos pelos taninos e polifenois.
Depois de todas essas percepções: paladar, aroma de boca e equilíbrio, chegamos então a fase final da degustação, que é a persistência, ou final de boca, que nada mais é que o tempo que as sensações agradáveis levam a desaparecer. Quanto mais longo, melhor será o vinho.
Conte para a gente como foi a sua experiência. Vamos adorar saber.
Até breve!
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